quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

BOCARRAS

arranha-chãos, piso neles,
piso na minha sombra,
nas sombras das coisas 

que me pisam,
e no caldo do sorvete 

verte-se o verão
em glaciais flocos 

de creme e chocolate,
tudo em nossas bocarras.
vertentes do nilo 

desse egito que invento
para mover-me 

nas pirâmides do que penso,
do que devoro 

nas extremidades do meu amor

( edu planchêz )

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