quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

radiomediúnica


a arte no vento, 

meu corpo é essa arte,
o corpo de minha mulher é arte;
vosso corpo imperioso 

se arremete ao epicentro,
ao vórtice da lâmpada dínamo 

maquinaria da noite

minha poesia arrebenta 
nas margens,
no fundo do império 

da lama coral
origem de todos os seres 

e não seres,
origem e não origem
das canções viscerais 

dos macedônios templos
da eletricidade radiomediúnica


( edu planchêz )

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